domingo, 1 de dezembro de 2013

Ah, o amor!

Era um dia qualquer, o sol raiava os raios mais brilhantes que eu já tinha visto, talvez só por isso nem era um dia qualquer, era um dia especial, assim como todos os outros, assim como outro qualquer. Me deparei em silêncio, olhando para o nada, admirando tudo, o brilho do meu olhar só não era maior que o brilho do sol. Não tinha motivos para tanta felicidade mas algo lá no fundo me dizia que a tristeza não valia a pena. Triste seria não está feliz com tantos motivos para sorrir.
Quando a felicidade nos abraça parece que o mundo fica diferente, vi cores, lindas cores que nunca havia visto, vi beleza em cada canto, de tão cega não enxergava nada, nada além daquilo que fazia meus olhos brilharem.
Ah, o amor! Não sabia que existia tantas borboletas por aqui, e as flores, são tão coloridas, acho que esses são alguns dos sintomas de que estou gravemente infectada pelo mais belo dos sentimentos.
Me sinto uma boba, mas nunca me senti tão feliz. Tenho medo do que isso está fazendo comigo, é como pular de um alto precipício, não sei o que me espera mas algo me puxa para ir cada vez mais fundo, algo me prende cada vez mais a esse sentimento.
Eu sei que não fazia bem se sentir cada vez mais dependente de alguém, logo eu, tão livre quanto um balão sem rumo no céu azul, agora tão presa e tão feliz, contradição estranha. Até então só uma contradição.
Éramos opostos, tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes. Existia, existe algo de puro entre nós, tão puro que é capaz de mudar as coisas a nossa volta mas não era capaz de mudar nossos sonhos tão diferentes e nós tão jovens, tão cheios de ideais, loucos por tudo que ainda temos para viver.
Deve ser por isso que o sol brilhava tão lindamente, a gente havia descoberto o significado do verdadeiro amor, não querer que a pessoa se sinta presa a você, deixá-la livre para que busque a felicidade mesmo que esta não esteja ao seu lado.
Poderíamos ser livres juntos, mas nossas trajetórias visavam rumos tão diferentes, quem sabe um dia elas não se cruzem novamente, por enquanto cada um vai seguir a sua jornada. Me disseram uma vez que “se cuida” é um “eu te amo” disfarçado então eu disse a ele “se cuida” e deixei que partisse, mas tenho certeza que levou consigo um pedaço de mim, levou meu coração.