segunda-feira, 29 de abril de 2013

A reinvenção da invenção


   Quantos personagens já não fomos? Personagens de nós mesmos regados a muita fantasia e loucura.
 Quantas faces você tem? Quantos vocês cabem dentro de você mesmo?
  Não é estranho ser personagem de si mesmo? É só o ser humano fazendo uso de um dom genuinamente seu o de criar, daí eu me recrio, reinvento, refaço, desfaço, recomeço, viro personagem de mim mesmo, um dois, três, mil, sempre com a minha essência por que a esta eu sou fiel e ela não muda, mudo de roupa, de ideias, de penteado, de opinião, não mudo de essência,sou sempre eu mesma, em várias caras, jeitos, sorrisos, olhares, faces, sou eu me reinventando em cada palavra, em cada linha, em cada texto, em cada página, capítulo, livro, em cada segundo, minuto, hora, dia, em cada encontro ou desencontro, nos mistérios da vida.
  E você, quantas vezes já se reinventou hoje? Já se despiu desse personagem? Criou outro? Ou você só quer que alguém olhe dentro do seu olho e enxergue a sua alma? Por que esta carrega a sua história e história só pode ser reinventada daqui para frente o que passou é sua bagagem, sua marca, são seus antigos eus que deram lugar a um novo eu que você refaz, reinventa, recria e daqui a pouco vira história para que uma nova história nasça.
  Parece loucura, mas é só a reinvenção da invenção, é a constante da vida: tudo em movimento, tudo se transformando, o que agora é daqui a pouco pode não ser! E você, vai ficar parado ou vai se refazer?


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Conto de fadas moderno


  A luz discreta do brilho do seu olhar eu vi que um sorriso tímido queria nascer. Era tudo que eu precisava saber. Estava confirmado, ele sentia por mim o mesmo que eu por ele!
  Esta foi a primeira cena, a inesquecível primeira cena daquele romance, bem mais que romance, um grande amor, um conto de fadas. A mocinha delicada e o príncipe encantado, príncipe moderno, trocara o cavalo branco por algo com duas rodas, era uma motocicleta, daquelas bem equipadas, que mais pareciam uma casa sobre rodas, e como motoqueiro trajava uma jaqueta jeans, um charme a parte. A mocinha também mudara em nada se parecia com uma donzela indefesa, no olhar trazia uma firmeza que era de se admirar e ao invés de vestido longo usava jeans e camiseta.
  Naquele momento o príncipe galanteador não fazia jus a fama, ficava tímido perto da amada não sabia o que dizer nem o que fazer, só queria ter certeza de que não era um sonho, a mesma certeza que ela teve quando viu aquele tímido sorriso surgir no rosto dele.
  E o lugar para batizar esse encontro, a beira mar, onde castelos só se forem de areia, mas eles preferiam algo mais sólido, quem sabe o toque de um beijo? Calma, eles mal se conhecem, se viram apenas umas duas vezes e não acreditavam em amor a primeira vista, mas aquela já era a terceira vez que se viam e se aquilo não era amor era só por obra de um ainda, ainda não, mas seria.
  Quando se deram por conta já estavam próximos e ele havia tratado de puxar conversa, masconvenhamos nada do que diziam fazia sentido, eram dois envergonhados que estavam da cor da paixão (vermelho bem vibrante) e diziam coisas totalmente sem nexo, porém conseguiam-se comunicar, ou melhor, se entender através de olhares e sorrisos. De repente ele pega em sua mão e a convida, convida não, a rapta para um passeio de moto e que mocinha não quer ser raptada pelo príncipe, além de tudo lindo e educado.
  Cortaram o vento estrada a fora e quando chegaram e quando chegaram ao destino já era noite, o solzinho da tarde tinha dado lugar a lua e as estrelas. Era um lugar lindo, no alto da serra de onde se viam o quebrar das ondas lá em baixo, as estrelas no céu e uma barraquinha de cachorro quente, afinal os pombinhos já estavam com fome.  E foi assim, saboreando um hot dog e longe de quase tudo que eles conseguiram conciliar as palavras com o que sentiam e olhando para aquele cenário perfeito conversaram por um longo tempo até tomado de certa coragem e um súbito impulso o “despretensioso” motoqueiro toma a mocinha em seus braços e lhe rouba um beijo. Como ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão ela retribui a gentileza lhe roubando outro beijo. Não entendiam aquilo que estavam a sentir, e o que importava? Só queriam curtir o momento e o resto, o mundo que os espere, nada podia atrapalhar o que estavam vivendo.
  Nossa, já amanheceu?! Nem viram o tempo passar, ele acordou primeiro e ficou observando que o brilho do solda manhã deixava a moça irradiante e encantadora. Ela despertou num suto e recepcionada por um belo sorriso do, acho que agora já se pode dizer, do amado percebeu que tudo era real e nada a deixava mais feliz naquele momento do que a certeza de que tinha passado a noite mais feliz da sua vida ao lado de uma pessoa que de agora em diante ela queria que permanecesse sempre ao seu lado.
  Subiram na moto, o casal apaixonado tomou a estrada levando com eles o desejo de que aquele sentimento verdadeiro não morresse e este conto de fadas moderno dispensa  o “e foram felizes para sempre”, podemos dizer e foram, se entregaram a esse sentimento e que a felicidade seja construída a cada dia!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Pequeno passo para um grande sonho...


  A menina cresceu, teria de crescer, todos crescem! Amadurecer, ah, essa é outra palavra que ela ainda está descobrindo...  A pequena sonhadora começava agora a realizar os seus sonhos, e por realizar quero dizer que ela estava dando os primeiros passos com as próprias pernas, ainda eram pequenos, mas era só o começo!
  Jogou-se no mundo, entrou de cabeça, como quem dava um mergulho desajeitado que espalhava agua para todos os lados afinal ela ainda não sabia fazer de outra forma, mas aprenderia, aos poucos aprenderia. Foi com tanta sede ao pote que esqueceu que não sabia nadar, estava quase se afogando quando percebeu que dava pra colocar os pés no chão e assim com a segurança de que seus pés tocariam o chão sempre que precisasse, deu suas primeiras braçadas.
  Era este o sentimento dela, de que seriam muitas as dificuldades, mas sempre haveria um “chão de piscina”, um porto seguro no qual pudesse confiar e este dá força e segurança para seguir em frente. Tem muito ainda que viver, que ver e aprender do mundo, mas o sono lhe puxava a perna e ela preferiu naquele momento deixar que a própria história escrevesse seu curso por ai... Boa Noite!!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Em meio ao meu "silêncio"


 É madrugada, o silencio predomina e as únicas coisas que parecem gritar são meus pensamentos e o tic-tac do relógio que fica incrivelmente alto quando a calmaria reina, é nesse momento que o relógio parece me lembrar que o tempo não para, e não para mesmo, por vezes ele até me atropela.
  Sem sono? Talvez, ou apenas vontade de aproveitar cada segundo por que eu sei que logo logo é hora de retomar a velha nova rotina, mas foi escolha ou imposição que fiz a mim mesmo, afinal não se deve perder as oportunidades, elas podem não voltar.
Agarrei com força todas as coisas novas, estou entrando de cabeça, mas o coração, danado que só ele, parece ainda viver em outro lugar, outro tempo que feliz ou infelizmente não volta mais.
  Viver os sonhos é bem mais difícil que idealiza-los mas a sensação que estou no caminho certo alivia a alma, “tô” de alma leve, coração dividido e cabeça focada naquilo que estou realizando e naquilo que estou idealizando para o futuro, hoje só repito para mim mesmo “e que a vontade de desistir nunca supere a de vencer”. Foco, força e fé, eu tenho o porquê seguir em frente. Desistir? Que essa palavra faça parte de nossas vidas quando for acompanhada por um não ou nunca!