quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não sei nem seu nome

Que estranho! Estranho o que? Acho que nem eu sei explicar, mas tudo era estranho, você principalmente. Nem sei por que, nem como, o destino, o tempo, a vida ou pernas mesmo me levaram para perto de ti, você continuava estranho, mas era um estranho simpático que aquela altura sem que eu dissesse nem meia dúzia de palavras já sabia metade da minha vida, culpa da amiga, e me olhava de um jeito diferente, me conquistava sem eu saber.
Quando, até que enfim decido perguntar algo, resolvo sair da defensiva, algo nos puxa de volta a realidade, era o ônibus, demorou tanto para chegar e chegou cedo demais. Já estava atrasado, poderia ter demorado mais uns dez minutos, vinte, trinta, poderia ter esperado por nós, para que fossemos nós.
Eu sei que queria ficar ao meu lado, e eu também, já estava torcendo para que ficasse, delirei a viagem toda, cerca de vinte minutos que passaram no piscar de olhos, uma sensação boa de fim de tarde, de um domingo que valeu a pena, uma sensação boba de uma boba. Uma sensação que não foi embora com adeus que me deu pela janela do ônibus. Sabe onde me encontrar e quem sabe a gente  se encontre, se esbarre por ai, se reencontre e se descubra já que apesar de tudo não sei nem seu nome.

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